Parceria Sabe Bem / DGS publirreportagem 15 Lições do passado mediterrânico para aplicar no futuro Nestes tempos de renovação e de pensamento necessariamente optimista, é sempre bom relembrar as lições da Dieta Mediterrânica. Um modo de comer com futuro porque tem um extraordinário passado. A o longo de 8000 anos de evolução, este modelo alimentar adaptou- -se a centenas de epidemias e a centenas de milhares de dias de fome e privação. Foi desta adaptação ao que a terra dava, ao conhecimento que se tinha e ao que as comunidades necessitavam, que se a fi naram preferências por alimentos e formas de preparação culinária. Ou seja, a sopa que hoje fazemos, seguindo a velha receita de uma bisavó que os nossos pais repetiram e que nos ensinaram a gostar, é muito provavelmente, uma versão fi nal de uma junção de ingredientes e processos culinários a fi nados durante centenas de anos. Por isso, consideramos este receitário e esta forma de interpretar a natureza património imaterial da humanidade. RIQUEZA NUTRICIONAL Esta junção de alimentos permitiu a sobrevivência e a longevidade das populações da orla mediterrânica e é hoje considerada um padrão alimentar saudável, sendo talvez o modelo alimentar mais estudado em todo o mundo. O que é interessante retirar deste enorme trabalho cientí fi co é que o consumo regular de sopa, de preparados culinários cozidos (comida de panela), de azeite como gordura principal, de pão de qualidade, de peixe, de feijão, grão, lentilhas, ervilhas, de amêndoa, noz, fruta e hortícolas em abundância, de lacticínios em moderação e de pouca carne pode produzir um importante efeito anti-inflamatório e a sua riqueza em antioxidantes, oligoelementos, minerais e vitaminas parecem contribuir para esse efeito. Ou seja, este padrão alimentar quando consumido regularmente parece estar associado a reduções importantes nos biomarcadores inflamatórios celulares e traz melhorias na disfunção endotelial. O que é que isto nos interessa nos dias que correm? PREVENÇÃO DAS DOENÇAS Hoje sabemos que os riscos acrescidos de contágio e de evolução da covid-19 estão aumentados em certas doenças como a diabetes, a hipertensão, a obesidade ou a doença pulmonar. Doenças associadas a um estado de inflamação crónica de baixo grau em que a adesão ao padrão alimentar mediterrânico pode signi fi car maior protecção face à doença. Num momento em que assistimos ao ressurgir das doenças infecciosas de larga escala, às grandes epidemias que agora passaram a conviver com a doença crónica, como a obesidade ou a diabetes, é importante saber que a Dieta Mediterrânica pode ser uma ferramenta muito importante no combate a estes problemas. A par das medidas de prevenção associadas, a par da medicação e da vacinação. Talvez uma sopa de couve-portuguesa, um prato de ervilhas com ovos ou uns carapaus com cenouras e batatas, regados com um fi o de azeite, sejam as medidas mais fáceis de adoptar e certamente as mais saborosas. Os tempos que estão a chegar obrigam ao equilíbrio económico das famílias, à boa governação alimentar, ao aproveitamento máximo dos alimentos comprados, à preservação do nosso planeta e também à protecção da nossa saúde. Felizmente, a nossa tradição alimentar mediterrânica é tudo isto, a fi nada ao longo de sucessivas gerações. É tempo de redescobrir esta riqueza patrimonial e dar-lhe vida à nossa mesa ao longo deste ano.
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