10 JULIANA: Uma homenagem a todas as mulheres cujas mãos e saber mantêm viva a Dieta Mediterrânica à portuguesa Norte Litoral Boas cozinheiras há-as um pouco por todo o país e há as que através de gerações continuam a perpetuar as velhas tradições da autêntica co- zinha portuguesa, deixando-as como herança aos seus descendentes. São estas mulheres as guardiãs de sabe- res antigos que homenageamos de forma especial com a Juliana. Mulhe- res que por pouco que tivessem na despensa tinham a capacidade de fa- zer muito e tinham sempre lugar para mais um à mesa. Todos conhecemos pelo menos uma destas mulheres, mães, avós, tias. Mulheres que fazem magia com a sua mão para a cozinha. Mulheres que, como a tia Amélia, enchem de sabor as vidas daqueles de quem ain- da hoje cuidam, sem que para isso te- nham um reconhecimento especial. A cozinha do Norte é rica e cheia de tradição. Nesta região, comer e beber bem é sinónimo de hos- pitalidade e de mesa cheia de legu- mes saborosos, carnes criadas em casa e peixes pescados nas águas límpidas da zona costeira. Uma mesa perfeita que segue os princípios da Dieta Mediterrânica, como o recurso a produtos locais e a utilização de muitos vegetais em detrimento da carne. É por estas paragens, verdes e húmidas, que cresce uma couve especí fi ca para fazer o caldo-verde, a couve-galega. Apreciada em todo o país, esta sopa tem nas terras mi- nhotas as suas raízes e nos potes de ferro que vão ao lume apura muito do seu sabor. Mas, o verdadeiro valor da receita vem também das mãos de quem faz, das mulheres que ao lon- go de gerações transportam em si o saber-fazer e as memórias de quem fez noutros tempos.
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